MOVIDOS PELO AMOR
Não tem outra explicação. Um evento como esse só tem uma motivação: o amor pela música. Não podemos ser hipócritas também. Não é um espetáculo para qualquer um. Não podemos esperar que o grande público, bombardeado pelos estilos popularescos da moda tenham paciência a alcance para "suportar" um evento como este. Tem de ter um refinamento de alma, uma sensibilidade que vai além do mediano. Mas vamos falar do evento em si. Cheguei ao Centro Educacional às 20 horas e na porta fui recebido pela bela Julia, uma adolescente que recepcionava os convidados com um belo sorriso e muita cortesia. Ao adentrar o salão notei que o público não era grande. Já havia sido avisado de que mesmo gratuito, o evento não ficaria lotado. Tudo bem. Percebi que haviam várias pessoas muito bem vestidas, tudo muito chique e bem cuidado. Circulei pelo local, cumprimentei alguns conhecidos e fiz novos amigos. Conversei por exemplo com o Cristiano, que é engenheiro e que canta no Coral da ArcelorMittal. Ele me contou um pouco da gloriosa história do coral patrocinado pela própria usina. Encontrei-me ainda com o Quirino, do Sindicato dos Metalúrgicos, sempre sorridente e positivo. Até que chegou a hora dos espetáculos. Os mestres de cerimônias fizeram a abertura e começou o desfile de sons divinos.
CORAL ARTE SOM - Joõo Monlevade
Comandado pela Rita de Abreu, autora do hino de João Monlevade, o coral formado no Cônego Higino emocionou os presentes. Formado apenas por adolescentes, cantou com simplicidade, mas com incrível afinação e disciplina. O coral, além da beleza da música, representa importante alternativa contra as tentações do mundo moderno. Arrancou aplausos principalmente com a música Carnavalito, do Folclore Andino. Tive a honra de entregar um troféu de participação nas mãos da Rita, uma pessoa especialíssima, que deixa um rastro de beleza por onde passa.
CORAL CANTO LIVRE - de Contagem
Depois da juventude do coral Arte Som, veio outra surpresa: o coral CANTO LIVRE de Contagem fformado quase que exclusivamente por integrantes da terceira idade, "crianças" maduras, que cantaram, encantaram e deixaram claro que a artenão tem idade.
CORAL MADRIGAL RODA VIVA - de Conselheiro Lafaiete
Já na introdução do Maestro Geraldo Vasconcelos, já dava pra sentir a categoria do Roda Viva. Segundo seu maestro, eles acabavam de retornar de Machu Picchu, no Peru. Eles tem viajado pelo Brasil afora, sempre com grande receptividade por parte da platéia. Pois bem. Quando eles começaram a cantar, deu pra entender o porque de tamanho sucesso. A dinâmica do Roda Viva é singular. Eles passam dos altos volumes para vozes quase sussuradas com espantosa naturalidade. O gran finale com a homenagem ao carnaval brasileiro também foi sensacional.
CORAL FAMÍLIA QUERUBINS MÚSICA E CIA - de BARÃO DE COCAIS
Outro excelente coral, extremamente afinado e harmônico. A se destacar a excelente interpretação da música BERIMBAU, de Baden Powell. Muito bonito ver a elegância, o figurino e a nobreza do maestro e dos integrantes do coral.
CORAL ARTE DAS ARTES - JOÃO MONLEVADE
Muito legal a música de abertura, um outro hino possível para monlevade. O maestro e compositor da música, o Sr Vicente Soares deu um show de vitalidade e o coral também não deixou por menos. A interpretação de Chuá-chuá também foi outro ponto alto deste coral, responsável pela idealização do encontro de corais e pela sua realização.
CORAL ARCELORMITTAL - João Monlevade
O Maestro Tó Vilela, de cara já quebrou o protocolo, dizendo que iria mudar a ordem de apresentação. Começou com uma música do compositor grego Vangelis, a Conquista do Paraíso, numa apresentação perfeita. Seguiu depois com a emocionante Promessas de Sol, de Milton Nascimento e Fernando Brant. Pra encerrar surpreendeu a todos com a bela interpretação da romântica "Quem sabe isso quer dizer amor," mais recente sucesso de Lô e Márcio Borges.
FRASE QUE TRADUZ O EVENTO
Nos seus agradecimentos, Tó, que além de músico, também tem dons poéticos, resumiu o que representou o 3° Encontro de Corais. Ele disse que ficava feliz pelo fato do evento estar acontecendo e que torcia para que outras vozes se somassem para que fosse formado um grande coral, as vozes de todas as pessoas da cidade, do país e do mundo. Ele tem razão. Deus canta através dos corais, uma das melhores formas de louvar o amor divino.
GRAND FINALE
Depois da apresentação do Coral da Arcelor, todos foram convidados a retornar ao palco para apresentação de uma música. A escolhida foi Jesus alegria dos homens. Foi uma apoteose de encher os olhos. Mais de 100 vozes no palco, somadas as vozes na platéia e o teclado preciso do Tó Vilela acompanhando tudo ( ele tem olhos nos dedos que enxergam muito, mas muito bem).
FUNDAÇÃO CASA DE CULTURA PRESENTE
A FCC se fez presente juntamente com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de João Monlevade. A Lindaura, diretora do Coral Arte das Artes, fez questão de ressaltar o empenho pessoal do Prefeito Gustavo Prandini, que foi decisivo para que o evento fosse um sucesso. O Sindicato dos Metalúrgicos também foi importante colaborador, juntamente com os empresários e comerciantes da cidade que reconheceram o valor artístico do festival e colaboraram de forma importante.
OBS - Aguardo as fotos que serão publicadas a posteriori. É que as palavras urgiam.
OBS - Aguardo as fotos que serão publicadas a posteriori. É que as palavras urgiam.
Por Marcos Martino
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